Em pleno domingo solarengo, lá fomos nós de rickshaw ver casas.
O acesso à primeira era feito por um “caminho de cabras”. A certa altura já éramos cinco no veículo. Ia no limite das suas forças. O driver trouxe um amigo, que chamou outro amigo.
Entre saltos e cabeçadas no tejadilho do rickshaw, lá chegámos. Era um bairro indiano conservador e, como tal, recusaram a alugar-nos a casa. Como é possível?! Uns rapazinhos com tão bom aspecto…
A casa era razoável e barata. O Jaime, que agora tem um espírito negociador, apressou-se a negociar um preço ainda mais baixo. Perante isto, o driver achou que não podíamos pagar tanto, foi então que…partimos para outra!
Depois de passar por muita bicharada fizemos nova paragem. A casa propriamente dita estava fechada e por isso sugeriram-nos que víssemos a do vizinho de cima, já que eram iguais. Pertencia a uma família de africanos. Fomos convidados a entrar e a tirar os sapatos. Perante o nosso olhar de terror (o pensamento foi ”não podemos ver daqui da porta?”) lá nos deixaram entrar calçados (nota: o driver e o amigo tiveram de se descalçar).
A casa só tinha duas janelas, o que justifica o mau cheiro. Na parede da sala de jantar, ou qualquer coisa que se assemelhasse, estava um poster do Cristiano Ronaldo. Insólito! Mal entrámos já a tínhamos excluído com um “nem pensar” imperativo.
É nesta altura que o meu telefone toca. Atendi. –“Mãe, estou a ver uma casa, vou sair para ouvir melhor. Já saí. Mãe, não acredito! Tenho porcos à minha frente! São quatro! Que cheiro nauseabundo!”. Resposta do outro lado da linha, entre incrédulos suspiros: – “Sai já daí”. Tratei de obedecer.
Já só tinha vontade de rir…não podia estar a acontecer!
Ainda fizemos outra tentativa. Esta sim, já respondia a padrões mínimos.
Vamos continuar. Não percam os próximos episódios!
A casa só tinha duas janelas, o que justifica o mau cheiro. Na parede da sala de jantar, ou qualquer coisa que se assemelhasse, estava um poster do Cristiano Ronaldo. Insólito! Mal entrámos já a tínhamos excluído com um “nem pensar” imperativo.
É nesta altura que o meu telefone toca. Atendi. –“Mãe, estou a ver uma casa, vou sair para ouvir melhor. Já saí. Mãe, não acredito! Tenho porcos à minha frente! São quatro! Que cheiro nauseabundo!”. Resposta do outro lado da linha, entre incrédulos suspiros: – “Sai já daí”. Tratei de obedecer.
Já só tinha vontade de rir…não podia estar a acontecer!
Ainda fizemos outra tentativa. Esta sim, já respondia a padrões mínimos.
Vamos continuar. Não percam os próximos episódios!
7 comentários:
Casa imunda com porcos à porta... só te fazia bem! para não falar noutra coisa mas não vou ser mazinha... :)
beijinhos
Para comentários como este...enfim!
Beijinhos :)
ola zezinho
tive hoje a ler o teu blog, ta de chorar a rir...
Mas a procurar casa por aí é surreal... Eu acho que devias aceitar a casa dos porquinhos, é dois em um,casa e quinta, ate podes fazer criação e fazer uns trocos.
“Mr. Jousiiiii”... eu que já o estava a imaginar a tratar da sua quintinha e dos porquinhos aí em terras indianas!! Já estou como diz a "Amélia": só te fazia bem!! eheh
Bjinhooo*
Do meu quarto pequenino onde não há espaço para um wardrobe:
(Passo o comentário acerca dos porcos...)
Meu querido Pé,
As tuas descrições são tão visuais que de Londres já avisto Bangalore! A riqueza das suas cores e os cheiros das especiarias convenceram-me! Prometo visitar-te no próximo ano, assim que consiga ter uns dias de férias. Porque quero ver a India (que realidade tão diferente será esta?) mas, principalmente, porque quero estar contigo! Já tenho tantas saudades...
(Eu cá fico em qualquer cantinho.)
Zé, venho desejar de forma mais oficial ;) muito boa sorte nesta aventura! Aproveitem as diferenças culturais para se enriquecerem e divirtaaaaaam-se muitoooo :)
beijinho*
Su e Morena, obrigado pelo incentivo à criação de porcos mas não pretendo fazê-lo. Sou rapazinho da cidade!
Diana, obrigado pela sorte. Ficamos à espera de uma visita, oficial! :)
Bjinhos
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