sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

De 22.12.07 a 02.01.08

Quero gritar bem alto, para assegurar que todos ouvem…


FELIZ NATAL E UM ANO NOVO COM MUITAS VIAGENS PELA ÁSIA!

Repete, repete!

Ontem tivemos mais um jantar com os nossos amigos mexicanos.

A conselho do chefe de Portugal (que é indiano e de Bangalore) fomos, supostamente, ao único restaurante português da cidade.

Hotel Atria, Palace Road, 20.12.2007, 20h30m. Duração da viagem: 1,5 horas. Meio de transporte: tuk-tuk. Taxa de sucesso: 2% (só porque chegámos lá)

O restaurante não era português nem nunca foi, que desilusão! Como é que não se distingue o que é um restaurante português, estando a viver em Portugal?!

Seguimos para o restaurante que já tínhamos ido com o Kwame e do qual falo em post anterior. Once again, great!

Foi a última vez que estivemos juntos, partem esta tarde para Goa e na próxima semana regressam ao México. Entretanto, nós estaremos na Tailândia!


Depois de me deitar tardíssimo, esta manhã perdi o autocarro e tive de vir de tuk-tuk…but, not alone!


Brevemente: fotos

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Jantar Mexicano!

Ontem fui jantar com um grupo de mexicanos. Éramos 9, dos quais 7 eram mexicanos e 2 portugueses.

Foi óptimo. Fomos ao TGI Friday’s, que pertence a uma cadeia de restaurantes americanos. Mais uma vez jantámos CARNE! A companhia era boa, todos muito animados pela bebida e pela excelente comida (muito escassa por estes lados).

Seguimos para um bar mas, rapidamente, fomos convidados a sair. Independentemente do dia, fecha tudo às 23h30m…dá para acreditar?!


Há quem defenda que a História não se repete…há quem diga que a História é cíclica…


Eu farei de tudo para que esta noite se repita!

I received my first Christmas present…

Ontem, pela manhã, vieram convidar-me a visitar o segundo piso do edifício onde trabalho. Para minha surpresa, tudo enfeitado! Árvore de Natal, luzinhas que piscam…tudo decorado ao pormenor.

Na Índia não se comemora o Natal, regra geral. As ruas não estão enfeitadas…as casas também não…apenas os centros comerciais, os maiores, para incentivarem ao consumo!




Foi então que me ofereceram um presente de Natal…”This is our Christmas present for you…We hope you like it!”

Abri o embrulho. Era uma camisa indiana, em algodão fabricado na Índia e hand made! Gostei muito da Kurta mas gostei sobretudo da atitude, pois não é hábito trocarem presentes entre eles.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

- What do you call this flower? - Maria, her name is Maria…


She was born under a lucky star…

…I’m her godfather!

Desafio aceite!



Fui desafiado e aceitei.

A quinta frase completa da página 161 do livro que ando a ler é:

“Havia dezenas de roças em S. Tomé e nem todos os admiradores eram convidáveis – nem sequer havia nisso grande interesse.”

domingo, 16 de dezembro de 2007

O Casamento...

É, sem dúvida, uma experiência a ter.

Existem muitas religiões na Índia. Nem todas as celebrações matrimoniais são iguais. Falar-vos-ei da que assisti.

Chegámos. Na porta, em flores, estava escrito o nome dos noivos.

Entrámos. Recebeu-nos o pai do noivo. Entre felicitações e apertos de mão ofereceram-nos uma lembrança, uma rosa vermelha. Aparece o irmão do noivo, meu colega na empresa, para nos agradecer a presença e convidar a tomar uma bebida. Sem recusar, provamos. Terrível. Oscilava entre uma limonada e um caldo de malagueta. Discretamente, livrámo-nos dos copos.

Sentámo-nos como se fossemos assistir a um espectáculo. No palco, estavam os noivos a receber cumprimentos e tirar fotografias. Eram muitas as pessoas que por lá passavam.

A cerimónia religiosa, com a figura que equivalerá ao Padre dos católicos, tinha acontecido durante a manhã.


Subimos ao palco. Conhecemos os noivos, congratulamos e tirámos fotografias.






O palco era a passagem para uma cave onde estava a ser servido o jantar.

Jantar volante. Vieram as entradas. Podem ver o aspecto na fotografia…preciso acrescentar alguma coisa?

Seguiu-se o prato principal. O pão era bom.

Sobremesa, bendita sobremesa! Fruta, frutinha!


Para finalizar a refeição deram-nos a provar uma folha enrolada, com conteúdo desconhecido. Dizem ajudar na digestão. Aqui não aguentámos, cuspimos. Está filmado. Acho que cria dependência, é uma espécie de droga…como é possível?!

Regressámos ao Hotel e agarramo-nos às bolachas…ricas bolachas!

Assistimos a um filme indiano, muito ao estilo de Bollywood. Crítica? Dispensável.

E assim foi…

sábado, 15 de dezembro de 2007

Jantar de CARNE!

Recebemos a nossa primeira visita...

Estão mais dois portugueses, para além de nós, na Índia - Nova Deli.
O Kwame, um deles, veio a trabalho a Bangalore.









O Jaime e eu, como bons anfitriões, convidámo-lo para jantar num dos melhores restaurantes da cidade.








Encantados com a possibilidade de comer carne de vaca, apressámo-nos a fazer o pedido. Eis que chega o nosso prato.






A minha apetitosa sobremesa.








Deliciados, vejam lá o nosso ar depois de jantar na varanda do restaurante, 13º piso. Vista sobre Bangalore à noite.





A repetir!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Casamento Indiano, I was invited!

Amanhã, sexta-feira, irei assistir a um casamento indiano.
O irmão de um colega da empresa vai casar e convidou-me...a mim e a meio mundo.
A celebração dura vários dias, mas irei somente ao primeiro.
Aguardem pelo próximo post.

Qual é, afinal, o papel da mulher na sociedade indiana?

Fui almoçar com o meu chefe/tutor. Fomos a uma das várias cantinas do campus*. Comprei o meu almoço. O chefe traz sempre comida de casa. Curioso com a situação, lá perguntei: “Prefere cozinhar a própria comida?”. A resposta, com indignação, foi: “Eu? Eu não cozinho. A minha mulher levanta-se cedo todas as manhãs para me fazer o almoço”. Travei uma gargalhada.

Foi então que concluí…a mulher indiana é submissa.

Nesse mesmo dia, a caminho do hotel, no trânsito caótico e próprio de Bangalore, enquanto esperava que o autocarro andasse mais uns metros, reparei num casinhoto. Era uma lavandaria. Quem estava a passar a ferro era um homem. A sua senhora quadrada repousava numa bela cadeira embalada pela imagem de ver seu marido a trabalhar. O ferro era a carvão, daqueles que temos em casa como peça de museu e com o qual nos disseram que outrora se passava a ferro, mas ninguém da nossa geração o viu a funcionar.

A minha ideia de submissão da mulher indiana desvaneceu naquele momento.





*Por curiosidade, sabiam que na Índia há dois tipos assumidos de pessoas?! Os VEG e os NON VEG. Em qualquer parte há a separação. Temos as cantinas VEG e as cantinas NON VEG. Em comum têm…spicy food, I mean…alwaysspicy!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

A saga da casa - parte II

Em pleno domingo solarengo, lá fomos nós de rickshaw ver casas.


O acesso à primeira era feito por um “caminho de cabras”. A certa altura já éramos cinco no veículo. Ia no limite das suas forças. O driver trouxe um amigo, que chamou outro amigo.
Entre saltos e cabeçadas no tejadilho do rickshaw, lá chegámos. Era um bairro indiano conservador e, como tal, recusaram a alugar-nos a casa. Como é possível?! Uns rapazinhos com tão bom aspecto…
A casa era razoável e barata. O Jaime, que agora tem um espírito negociador, apressou-se a negociar um preço ainda mais baixo. Perante isto, o driver achou que não podíamos pagar tanto, foi então que…partimos para outra!

Depois de passar por muita bicharada fizemos nova paragem. A casa propriamente dita estava fechada e por isso sugeriram-nos que víssemos a do vizinho de cima, já que eram iguais. Pertencia a uma família de africanos. Fomos convidados a entrar e a tirar os sapatos. Perante o nosso olhar de terror (o pensamento foi ”não podemos ver daqui da porta?”) lá nos deixaram entrar calçados (nota: o driver e o amigo tiveram de se descalçar).
A casa só tinha duas janelas, o que justifica o mau cheiro. Na parede da sala de jantar, ou qualquer coisa que se assemelhasse, estava um poster do Cristiano Ronaldo. Insólito! Mal entrámos já a tínhamos excluído com um “nem pensar” imperativo.
É nesta altura que o meu telefone toca. Atendi. –“Mãe, estou a ver uma casa, vou sair para ouvir melhor. Já saí. Mãe, não acredito! Tenho porcos à minha frente! São quatro! Que cheiro nauseabundo!”. Resposta do outro lado da linha, entre incrédulos suspiros: – “Sai já daí”. Tratei de obedecer.

Já só tinha vontade de rir…não podia estar a acontecer!

Ainda fizemos outra tentativa. Esta sim, já respondia a padrões mínimos.

Vamos continuar. Não percam os próximos episódios!

domingo, 9 de dezembro de 2007

A saga da casa...

Estamos à procura de casa! Todos sabemos que é uma tarefa difícil em qualquer parte do globo. A Índia não é excepção!
Hoje iniciámo-nos nessa busca. O primeiro apartamento que vimos era…fabuloso! Condomínio Springfields, em pela Sarjapur Road, piscina, ginásio, squash, bilhar, badminton and so on…
Está num sexto andar, com vista para a piscina, é muito grande e de óptimo aspecto! O proprietário, indiano, é um Senhor…tem uns tantos apartamentos alugados naquele condomínio.
Teríamos uma empregada de limpeza que trataria de tudo e poderia até cozinhar, se quiséssemos. Estávamos encantados. Porém, faltava saber o preço!
O Jaime e eu íamos aproveitando alguns momentos em que nos distanciávamo-nos do landlord e…”quanto achas que nos vai pedir?! - Eu aposto que é caríssimo! (EU); - Acho que não deve ser assim tão caro. (Jaime)”
Resultado: BINGO para mim!
Queremos ver muito mais mas começar no topo não foi nada bom…quem quer ir de cavalo para burro?!

Seguimos viagem. Segunda visita: rejeitada! Até que não tinha mau aspecto mas ainda estava em construção…tudo muito inacabado. Não nos julguem esquisitos!

Querem saber o hilariante? Ontem fomos jantar ao centro da cidade (MG Road) e no trajecto liguei a um senhor para marcar uma visita. O condutor do auto rickshaw apercebeu-se da conversa e ofereceu-se para andar connosco no domingo a ver casas. Diz conhecer umas tantas. Em princípio vamos aceitar a ajuda mas, convenhamos, é estranho!

Quisemos sair à noite…mas ainda estamos muito perdidos…sem saber onde ir…precisamos de mais uns dias!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

É Natal...


Este ano decidi ter um Natal diferente...


Trocarei o frio pelo calor, o bacalhau pela lagosta, o velho barbudo por uma Deusa Thais e o Porto pela Tailândia! Abdicarei da companhia da família, pela primeira vez...mas abraçarei a companhia de novos amigos!

Um dia em grande...


Hoje não fui trabalhar... (depois desta frase posso imaginar comentários do tipo: "na Índia é que se trabalha, ah ah ah!!")
A verdade é que hoje tirámos o dia para tratar de burocracias. Tratamos de algumas, não de todas. Confesso, queremos mais dias como este!
Viajamos muito pela cidade, ainda que de táxi, e vimos coisas muito interessantes. Passámos por um mercado de fruta...as cores...vermelho, laranja, verde, amarelo...lindo!
Vimos vacas em belos repastos...mas vimos também uma vaca a puxar uma carroça...ora, sendo a vaca sagrada, pode puxar uma carroça?
Há coisas que ainda estamos para perceber...

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Hedionda, a Índia?!

A minha resposta é, inequivocamente, não! De todo.
Certo do lado assustador que possa ter, este país é, sem dúvida, um encanto!
O colorido das vestes femininas a deambular pelas ruas (ainda que ruas sujas e acastanhadas), os sabores fortes e os cheiros aprazíveis conferem ao país uma atmosfera muito própria.
Quem quiser visitar a Índia terá, naturalmente, um choque cultural. Com o tempo desvanecerá e transformar-se-á em algo bom que, por agora, não consigo definir…

Blogue, EU?!

Sempre fui um pouco reticente em relação a criar um blogue…não sou um rapaz de letras, mas de números!
Os amigos insistiram…e eis que surge o meu primeiro post!