terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Fim-de-semana em Bangalore

Não prometo relatar todos os fins-de-semana em Bangalore. Não quero cair no erro de levar os leitores a pensar que a vida, por cá, é uma festa!

Mas foi assim…

Iniciámos o fim-de-semana com o tradicional “jantar de carne”. Sexta-feira é dia de rumar ao “The Only Place”, um steakhouse de topo.

Depois de acordar tarde, no sábado, acabámos a limpeza e enchemos a despensa de casa.

Pela noite, fomos à segunda festa de música bollywoodesca, trajados com a tradicional kurta. Entre dança e risada, num ápice, chegaram as 23h30m. Hora do fecho. Pára a música. Os empregados do bar recolhem-se. Aproximam-se os seguranças, insistindo para que saiamos.

É tempo de ir para a after party. Será, como sempre, em casa de algum desgraçado! Como vivemos longe do centro, não corremos o risco.


Embora pareça que estamos num jardim, não estamos. Ou melhor, estamos, mas este jardim é na cobertura de um edifício, com relva verdadeira e tudo!

Programa de domingo. Acordar tarde e ir a um churrasco brasileiro. Soberbo! Estava muito gostoso, né?! Havia caipirinha, feijão preto…e tudo mais!

As várias tentativas para aguentar o fogo...


...e voilá! Prova superada!

Os anfitriões - Pollyanna (Brasileira) e Guillaume (Francês)

Jaime, Rafaela (Brasileira) e Eu

Euzinho depois de bem almoçado

Alemanha, Ìndia, Brasil e Portugal

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Home Sweet Home

Estou instalado. E bem instalado! Demorei a escrever, mas os dias têm sido de uma azáfama sem fim.

Dia 15. Sexta-feira. 16h00m. Absolutamente ninguém no escritório. O fim-de-semana parecia ter chegado mais cedo. “Na Índia, sê indiano!”. Saí também. Destino: Guest House, fazer as malas.

Chegámos a Springfield’s apartments. Nós e a tremenda colecção de malas.




Entrámos no apartamento. Estava tudo muito sujo, bem ao estilo indiano. Quisemos desfazer as malas mas os roupeiros estavam imundos. Foi aí que pensámos…temos de ir ao supermercado comprar produtos de limpeza e pôr “mãos à obra”. O supermercado, que se assemelha ao nosso “Modelo - Continente”, contíguo ao nosso condomínio, estava a ser inaugurado nesse dia, com flores e indianos por todo o lado.

Iniciámos as limpezas. Se à primeira vista achámos que estava sujo, quando começámos a limpar questionámo-nos se alguma vez teria sido limpo!

A saga prolongou-se por sábado, domingo, segunda e terça-feira. Intervalámos com inúmeras idas ao supermercado, ora para comprar lençóis, ora toalhas…ou mesmo panelas e talheres.

Com orgulho, posso agora dizer: reluz e está um conforto!

A casa tem dois quartos, a suite e o quarto das crianças. Tirámos à sorte quem ficaria com o melhor quarto (entenda-se, a suite). A sorte não esteve do meu lado e fiquei com o quarto das crianças. É igualmente bom. Para além de ter o Mickey Mouse por todo o lado, que tratei de fazer desaparecer, tem um beliche triplo! Nunca tinha visto tal…no 1º andar, tem uma cama enorme de casal. No segundo andar, tem uma cama individual.
Como vêem, os hóspedes têm onde ficar!


Deixo aqui algumas fotografias do Palácio Português na Índia.

O meu quarto
Idem
As vistas do meu quarto (10º andar)
Entre o quarto e a casa de banho, pode ser usado pelas visitas
A minha casa de banho
A sala de jantar/estar
O nosso quadro das viagens :) feitas e por fazer
A sala, outra perspectiva
Cozinha
Euzinho, nadando para acordar!

Digam lá, não está convidativa a uma visita? Fico à espera…

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

…uma casa…para eu moraaaaaaaaar!!!...

Depois de dois meses e meio a viver na guest house da empresa eis que chega a hora de ter uma casa! E é perfeita!

Mudar-me-ei dia 15 de Fevereiro e a partir daí as noites calmas dos vizinhos terão chegado ao fim…

:)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A “nossa” Bombaim

No fim-de-semana passado, de mochila às costas, fomos a Bombaim (que agora mudou de nome, como quase todas as cidades da Índia, para Mumbai). Como companhia o Jaime, Ricardo, Kwame e Sarah (from Canada).

Dizem que a primeira impressão é a que fica e na verdade assim foi. O aeroporto de Mumbai é anos-luz à frente de todos os outros aeroportos indianos por onde já passei. É moderno e faz lembrar a Europa por breves (direi antes, brevíssimos) momentos.

Instalamo-nos no Hotel Chateau Windsor, mesmo ao lado do luxuoso Ambassador. Em nada se parecia com este último, mas era limpo e arejado. Como ninguém conhecia o nosso hotel, pedíamos sempre ao taxista que nos levasse ao Ambassador. Aconteceu o taxista estacionar junto à sumptuosa entrada e abrirem-nos a porta do carro para sairmos, como manda o protocolo. A graça estava quando percebiam que íamos para o hotel contíguo, na maior das naturalidades…
No hotel, à chegada
Já era tarde quando jantámos. Apressamo-nos a ir a um bar com medo que fechasse e não pudéssemos dar um passinho de dança.
Jantar 100% indiano
No bar 'Leopoldo'
Uma família inteira a dormir na rua
Na manhã seguinte fizemos turismo. Alugámos um jipe. O motorista também fazia de guia. Visitámos lugares incríveis.
Gateway of India
Locais visitados (não necessáriamente pela ordem indicada)
Gateway of India II
Washing Laundry (a maior lavandaria da Ásia)
Idem
Eu, com a roupa a secar
Porto de pesca
Idem
Aviso à entrada do Templo de Jain (reparar no ponto 3 e 5)
Dentro do templo
Na casa de Gandhi com o próprio
Na praia
Rajabai Tower
Para jantar escolhemos um restaurante que servia carne, ou melhor, bifes. Todos alinharam, tal era o apetite! Já depois de termos feito o pedido, uma cliente do restaurante que estava numa mesa muito próxima, levanta-se para sair e ao passar por nós disse: “boa sorte com os bifes!”. Ficámos sem perceber. Ou melhor, passados uns minutos percebemos! Era tudo menos bife de vaca. Estava coberto com um molho escuro que não permitia ver a carne. O Kwame pediu mal passado e o empregado disse que não era possível. No mínimo, suspeito! Muitas foram as conjecturas, macaco…ratazana…cão…tudo menos a sagrada da vaca.

Era Dia da República e, como tal, estava proibida a ingestão de álcool. O Jaime depois da meia-noite comemorava o seu 25º aniversário, nem pensar em não ter nada para brindar! Tivemos de mostrar o passaporte como prova que não éramos indianos e que podíamos beber álcool. Temos ar?! Só mesmo na Índia!
Em pleno Dia da Républica há que mostrar patriotismo!
Um brinde ao Jaime!
No domingo fomos à maior das favelas da Ásia. Chegámos a entrar de carro, com janelas fechadas e portas trancadas. Ficámos uns largos minutos encurralados no trânsito pedonal . Achámos prudente não arriscar mais e voltar para trás.
A maior favela de toda a Ásia
Assim foi mais uma viagem do gang português na Índia…em breve, Nova Deli.