sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A “nossa” Bombaim

No fim-de-semana passado, de mochila às costas, fomos a Bombaim (que agora mudou de nome, como quase todas as cidades da Índia, para Mumbai). Como companhia o Jaime, Ricardo, Kwame e Sarah (from Canada).

Dizem que a primeira impressão é a que fica e na verdade assim foi. O aeroporto de Mumbai é anos-luz à frente de todos os outros aeroportos indianos por onde já passei. É moderno e faz lembrar a Europa por breves (direi antes, brevíssimos) momentos.

Instalamo-nos no Hotel Chateau Windsor, mesmo ao lado do luxuoso Ambassador. Em nada se parecia com este último, mas era limpo e arejado. Como ninguém conhecia o nosso hotel, pedíamos sempre ao taxista que nos levasse ao Ambassador. Aconteceu o taxista estacionar junto à sumptuosa entrada e abrirem-nos a porta do carro para sairmos, como manda o protocolo. A graça estava quando percebiam que íamos para o hotel contíguo, na maior das naturalidades…
No hotel, à chegada
Já era tarde quando jantámos. Apressamo-nos a ir a um bar com medo que fechasse e não pudéssemos dar um passinho de dança.
Jantar 100% indiano
No bar 'Leopoldo'
Uma família inteira a dormir na rua
Na manhã seguinte fizemos turismo. Alugámos um jipe. O motorista também fazia de guia. Visitámos lugares incríveis.
Gateway of India
Locais visitados (não necessáriamente pela ordem indicada)
Gateway of India II
Washing Laundry (a maior lavandaria da Ásia)
Idem
Eu, com a roupa a secar
Porto de pesca
Idem
Aviso à entrada do Templo de Jain (reparar no ponto 3 e 5)
Dentro do templo
Na casa de Gandhi com o próprio
Na praia
Rajabai Tower
Para jantar escolhemos um restaurante que servia carne, ou melhor, bifes. Todos alinharam, tal era o apetite! Já depois de termos feito o pedido, uma cliente do restaurante que estava numa mesa muito próxima, levanta-se para sair e ao passar por nós disse: “boa sorte com os bifes!”. Ficámos sem perceber. Ou melhor, passados uns minutos percebemos! Era tudo menos bife de vaca. Estava coberto com um molho escuro que não permitia ver a carne. O Kwame pediu mal passado e o empregado disse que não era possível. No mínimo, suspeito! Muitas foram as conjecturas, macaco…ratazana…cão…tudo menos a sagrada da vaca.

Era Dia da República e, como tal, estava proibida a ingestão de álcool. O Jaime depois da meia-noite comemorava o seu 25º aniversário, nem pensar em não ter nada para brindar! Tivemos de mostrar o passaporte como prova que não éramos indianos e que podíamos beber álcool. Temos ar?! Só mesmo na Índia!
Em pleno Dia da Républica há que mostrar patriotismo!
Um brinde ao Jaime!
No domingo fomos à maior das favelas da Ásia. Chegámos a entrar de carro, com janelas fechadas e portas trancadas. Ficámos uns largos minutos encurralados no trânsito pedonal . Achámos prudente não arriscar mais e voltar para trás.
A maior favela de toda a Ásia
Assim foi mais uma viagem do gang português na Índia…em breve, Nova Deli.

9 comentários:

Simãozinho, o Bife disse...

Grande Zé. conseguiste furar a sensura indiana. Aproveitem bem todos os spots aí. Abraço

Ricardo Silva disse...

Grande fim-de-semana!

O aeroporto de Bombaim fazia lembrar o das Pedras Rubras...

A foto da familia a dormir na rua nao se percebe bem. Acho que devias ter tirado com flash!!!

Grande abraço e vemo-nos em Deli

* Morena * disse...

Eu gostei mais das fotos do gang português em Goa Zezito.. (oops.. não era português.. lol)

Mas deixa lá.. Do pouco que vi, gstei bem mais de Goa:p

Tisha disse...

Amazing... só a foto da família a dormir na rua é que é mesmo triste! Mas faz parte da aculturação lidar com estas coisas :|

Pupa**

José Miguel G. disse...

Simon, temos feito de tudo para aproveitar...não sei se tenho sido claro o suficiente...lolol, grande abraço

Richard, o de Pedras Rubras...é o Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro e é simplesmente...maravilhoso! :)
A foto...faltou o flash, mas ninguém me deixou tirar com flash, vossa culpa!

Morena, cada uma tem o seu lugar...o que interessa é passar bons momentos onde quer que seja!! Nisto estamos de acordo, tenho a certeza:)

Gipsy, estamos mais do que habituados, por pior que esta frase possa soar...

Anônimo disse...

maior favela da Asia chama-se Dharavi, já entrei la´e ninguem nos fez nada, vivem lá pessoas, que trabalham vivem , fazem a vida a vida como qualquer um de nós, não é um sitio violento.
Julgo que a favelas do Rio de janeiro são muito mais violentas que as de Bombaim.

xao

Pedro Santos

Anônimo disse...

gostava de saber a tua tua opinião

em relação isso

Pedro Santos

Fica bem

José Miguel G. disse...

Pedro Santos,

Quando fomos à maior favela da Ásia, repara que digo da Ásia, o medo que sentimos foi provocado pelo nosso motorista. Mandou fechar os vidros, trancou as portas e estava visivelmente contrariado por estar ali. Se temêssemos alguma coisa não o teríamos convencido a lá ir.

Ficamos presos no trânsito, tal era a confusão de pessoas, carros e animais. Tivemos parados uns 10 minutos e não tivemos nenhuma situação de perigo. Acho até que fomos ignorados. Resolvemos voltar para trás porque não sabíamos quanto tempo mais estaríamos ali parados.

O que te posso dizer é que é uma zona pobre, miserável e tem milhares de pessoas nas ruas…aparentemente toda a gente seguia a sua vida normal e a violência parecia não existir.

No Rio de Janeiro jamais teria a ideia de visitar uma favela. Já estive no Brasil e sei que as coisas são bem diferentes.

Abraço,

Zé Miguel

Anônimo disse...

obrigado por teres enviado a tua opinião.


xao
Fica bem

Pedro Santos